Lendo a coluna de hoje do jornalista Arthur Dapieve no 2º Caderno do jornal carioca O Globo, intitulada Gergelim, me sinto solidário a ele em suas aventuras e desventuras de uma lua-de-mel na Grécia regada a crise alérgica de sua esposa a famigerada sementinha, escondida em um inocente baclavá. Deve ser terrível conviver com alergia a um alimento tão comum e constante nos cardápios atuais.Ainda mais quando ele comenta que a esposa dele "é neta de libanês e passou a infância numa tigela de homus". Eu que me lembre sou alérgico apenas a aliche, pois é só comer algo com o tal peixinho e aparecem logos os calombos pelo corpo. Entretanto o que me remete a escrever aqui e agora são lembranças de uma aula de língua portuguesa em meus tempos de secundarista, a qual versava sobre gírias e linguajar antigo. Lembro-me que fomos apresentados a expressões como camisa de sete varas, estar com o pai na forca, nosocomio, etc. Muitas vezes perdemos a percepção das origens latinas e gregas das palavras de nosso idioma, mas que a cada segundo insistem em nos presentear com lembranças de onde vieram. Pois voltando ao Dapieve, eis que me deparo com ele gastando o seu grego ainda não sabido em "piyénte me stó nosokomío!", um prosaico leve-me a um hospital! Coisas que me remetem a um tempo em que eu tinha mais cabelo.
No mesmo caderno, em sua coluna de memória do que aconteceu no dia de hoje a 50 anos atrás, somos brindados com um texto publicado no editorial "Cai um ditador cubano", do jornal americano New York Times onde se escrevia o seguinte sobre a revolução cubana e seus realizadores:
"Outro ditador, o general Fulgêncio Batista, de Cuba, foi deposto em boa hora. Neste momento de triunfo, é necessário pensar, em primeiro lugar em Cuba e nos cubanos, que sofreram a humilhação, a angústia e a glória de quase sete anos de revolução." O Globo cita que mais adiante o NYT escreve que "o poder deve ser ocupado apenas pelos elementos que lutaram pela liberdade e pela dignidade da nação cubana. deve ser pago um tributo ao extraordinário jovem Fidel Castro, que, com enorme tenacidade, valentia e inteligência, lutou contra todas as desvantagens, desde que desembarcou na Província de Oriente, a 02 de dezembro de 1956, com seu pequeno grupo de jovens. Sobre seus ombros repousa uma carga pesada, maior ainda do que a da luta pela liberdade, recém-terminada".
Segundo os alergologistas nem sempre nascemos alérgicos a deteminadas substâncias, porém com o passar do tempo nosso organismo "aprende" ter alergia a determinadas substãncias. Pelo visto não só a esposa do Dapieve tornou-se alérgica a gergelim após a infância como também com o passar dos anos os americanos passaram a ter alergia ao jovem Fidel Castro, não tão jovem hoje em dia mas causando crises alérgicas até hoje nos yankees.
Nenhum comentário:
Postar um comentário