30.1.10

A arte de cavar buracos.

Eu cavo buracos.
Buracos redondos,
Quadrados eu os cavo,
Rasos, sem profundeza.
Buracos sem fundo
Com beleza em sua profundidade.

Cavo buracos com tampa, como bueiros,
Buracos abertos, como tuneis.
Solitários como só buracos sabem ser,
Eu os cavo para serem buracos.
Não queijos ou rosquinhas, apenas…buracos.

Buracos os há que não são cavados.
Há os buracos negros, buracos cósmicos.
Os há cavados por outrem,
Buracos de minhoca, buracos te tatu.
Formigas também gostam de buracos,
Os fazem belos e longos.

Tem os que fazem buracos vazios,
Existem os que os fazem cheios.
Há buracos feitos para uso próprio,
O PT fez o seu, particular.
Há buracos feitos para outros,
O Presidente está cavando um coletivo,
Pra muita gente.

Eu cavo buracos
Tu cavas buracos
Ele cava buracos
Nós cavamos buracos
Vós cavais buracos
Eles cavam buracos

Enfim,todos cavamos buracos,
Alguns caem em buracos,
Outros amam buracos,
Portanto, concluímos,
Buracos existem !

Ah ! Que buraco na memória !
Como post scriptum,
Há os buracos municipais,
Os há também estaduais
E com muita honra os federais.
Tem buracos de todos os tipos:
Buraco do Metrô,
Buraco da CEG e buraco da CEDAE.
Contemplamos até os da SABESP.

Portanto, temos a confirmação:
Os buracos são um fato científico !

Autor : Kleverson.

Poeminha antigo do qual eu até havia me esquecido mas agora em tempos de enchentes veranicas me voltou a mente.

Posted via web from Kleverson's posterous

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