14.2.08

"Contra a pedofilia, em defesa da inocência"



Predadores eficientes e velozes se movem na natureza atacando suas presas sem chance de defesa e devorando-os na dura lei da sobrevivência. Porém entre nosso meio movem-se feras muito mais eficazes e cruéis, predando membros de sua própria espécie e com predileção especial por crias indefesas. Rastejando no território das trevas existentes nas áreas sombrias do caráter humano, tais criaturas, como hienas sorridentes, prestes a devorar filhotes desprotegidos, escondem-se por trás de sorrisos melosos de bons cidadãos mas na realidade são feras prontas a atacar e exercer suas perversões mais doentias, na prática da pedofilia. O pacato cidadão que no dia a dia sorri para todos e mostra-se normal e sadio, na realidade oculta um tal desvio de ordem psiquíca que ele ao ser confrontado com a luz da revelação de seu caráter, revela-se na verdade um perfeito Mr. Hyde, pronto a dar vazão aos seus instintos mais pervertidos e primitivos. Tais criaturas por manterem-se na escuridão da impunidade sentem-se mais e mais livres de punição, como predadores reais que não tem quem os persiga. Em uma sociedade como a ocidental da atualidade, que valoriza a hipersexualização infantil, já manifestada através de romances como Lolita, que consagrou o termo ninfeta como meninas já disponíveis na vitrine do sexo, não é de se estranhar que os pedófilos sintam-se como caçadores intocáveis. Porém, casos recentes como o da menina austríaca Brigitta Sirny-Kampusch, trancafiada durante oito anos por seu algoz, ou da nadadora Joanna Maranhão, revelando sua dor e revolta abafada desde quando foi abusada aos nove anos de idade, mostram que a lei do silêncio pode e deve ser quebrada, na realidade necessita ser rompida. Somando-se aos casos anteriores, torna-se público hoje uma versão tupiniquim do caso austríaco, ocorrido com uma menina de Goiás que desde os 13 anos de idade protagonizava a modalidade brasileira da história de cativeiro, abuso sexual e humilhação continuada por anos a fio. Precisamos dar nossa contribuição contra essa monstruosidade, denunciando, gritando a plenos pulmões aos brados para o mais alto possível, alcançando até o céu se possível, que não somos essa sociedade, que a raça humana não pode e não quer compactuar com tais alienígenas a nossa natureza real. Deixemos de ser carneiros silenciosos e passemos a ser verdadeiros lobos na defesa de nossas crianças. Não passemos às gerações futuras uma herança tão tenebrosa e malévola, iniciemos o processo de dar um basta a tais atos.

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