11.11.07

No buraco .



Continuando o meme de alguém, no qual fui incluido pelo Thiago Velloso do Rio Temporada, mas como sou meio disligado, pra não dizer "lerdo", só hoje descobri e consequentemente dou continuidade. Coincidentemente a viagem que escolhi também se acabou em chuva e por isso não foi assim tão agradável.

Digo que foi coincidência pois escolhi a minha viagem antes de ter lido a do Thiago. Na época eu era membro de um grupo espeleleógico chamado SPEC, Sociedade Carioca de Pesquisas Espeleológicas, com sede no Rio de Janeiro e que realizava um projeto em Ibitipoca, em parceria com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais. Em fevereiro de 1994 tinhamos uma expedição para o Parque, continuando o mapeamento das cavernas locais e por questões de agenda só fomos eu, uma menina cujo apelido era Canarinho e o namorado, codinome Urso. Eu acabava de ser demitido da Sul América Seguros, no acender das luzes do Plano Real. Além do meu estado de espírito, estava em um início de resfriado, mas lá fomos nós, felizes da vida, chovendo que nem um dilúvio mas tudo tranquilo.

Ao chegarmos lá deparei-me com o primeiro contratempo: o cara estava em uma daquelas dietas de overdose proteíca e gordurosa. Conclusão, era um tal de fritar hamburguer, linguiça e outras coisas gordurentas, empesteando a casa dos pesquisadores que nós usávamos, cedida pelo IEF. Mas, fazer o quê, o cara era parceiro, o jeito era tapar o nariz e encarar.

Quando chegamos ao fundo de uma caverna eles prosseguiram e eu precisei de ficar devido a minha pouca experiência e o meu equipamento ainda não muito bom e eles seguiram em frente. Depois de algum tempo apaguei a luz da lanterna para economia de pilha. Então, eu que nunca fui claustrofóbico, senti-me preso, morrendo de medo que um desmoronamento me trancasse ali para todo o sempre, desesperado para que meus parceiros voltassem.
Na volta para a casa base como chovia muito decidimos voltar antes que ficássemos presos, tendo em vista que a vila distava cêrca de 50 km da cidade de Lima Duarte em uma estrada de terra. Pegamos o caminho de volta no Lada 03 volumes do meu amigo Urso e toma-lhe chuva, derrapa daqui, derrapa dacolá e pronto: ATOLAMOS! Empurra, empurra, empurra... e nada, continuamos atolados e agora molhados, não nos restava outra coisa a não ser trocar de roupa e dormir no carro. Dia seguinte aguardamos até passar alguma pessoa, e então vem um nativo com uma enxadinha nas costas. 'Dia moço! Bom dia! Pode nos ajudar emprestando a enxada? E lá fomos nós: cava, empurra, cava, empurra, cava, empurra... metro a metro fomos avançando até sairmos do atoleiro e voltarmos a civilização.
Não sei se atendi ao meme, mas como não tennho computador e esse texto foi escrito na hora em que descobri o e-mail do Thiago Velloso. Vou convidar minha amiga Sandra , pra dar um toque internacional,e minha amiga Luma, radical nos esportes.

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3.11.07

Isso é Natal?


A cada dia se perde mais e mais o sentido do Natal. Como vale tudo como presente, o que importa é ganhar e receber, tem uma firma que está fabricando "micróbios de pelúcia" como presentes natalinos. Acabei de ficar sabendo disso no twitter através da Justale e ainda não caiu a ficha.

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